"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Mt 22, 21
No Evangelho deste domingo, fala-se da relação entre Deus e o dinheiro ou as riquezas.
E se calhar muitas vezes já pensaste ou já te questionaram com situações do género: o Vaticano é muito rico, a Igreja tem muito dinheiro e tu, se calhar, ficas a pensar: “Bom, mas é mesmo verdade”. E ficas sem saber o que dizer.
O dinheiro não é de Deus, pois de Deus somos nós próprios. O poder que se pode ter sobre as coisas (bens materiais) ninguém pode ter sobre as pessoas. E o uso egoísta dos bens, a embriaguez de falsa eternidade que os poderosos adquirem, o endeusamento (idolatria) que o dinheiro parece provocar desfiguram a imagem de Deus que cada pessoa tem no seu íntimo. Santo Agostinho dizia: “César procura a sua imagem: dai-lha. Deus procura a sua: devolvei-lha. Não perca César a sua moeda por vós; não perca Deus a sua imagem em vós.” Isto não significa uma renúncia às responsabilidades de construirmos este mundo, ou um afastamento da política e da economia. Pelo contrário, o agir cristão compromete a sermos fermento, a sermos sal. É favorecendo o crescimento de todos, promovendo a vida e os dons de cada um, salvaguardando a dignidade e a justiça que cada pessoa merece, que “damos a Deus o que é de Deus”!
Pode haver quem julgue que andar de volta do padre ou até mesmo ser padre, que passar o dia a rezar, que ir à missa todos os dias ou simplesmente ao domingo é o suficiente. Mas tenho a certeza que não é! Descobrimos o Deus vivo ao cuidarmos do homem vivo, como dizia Santo Ireneu: “A glória de Deus é o homem vivo”!
E há tanto dinheiro que só anda a espalhar morte em vez de gerar vida!
Verdade! Cuidarmos de nós próprios, uns dos outros, dos animais e da natureza isso sim é Deus :)
ResponderEliminarBj S
Isso mesmo...
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