segunda-feira, 10 de março de 2014

1º DOMINGO DA QUARESMA

"Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” Mt4,4


Ontem foi o primeiro domingo desta Quaresma...

Neste início de caminhada, somos convidados à “conversão” – isto é, a recolocar Deus (não há que ter medo de falar n'Ele!!!) no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projectos.

De forma muito simples falo-vos sobre aquilo que as leituras de ontem me disseram...o que trouxeram à minha vida...talvez vos ajude a refletir também um pouco sobre estas coisas...

A primeira leitura afirmava que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.


A segunda leitura dava-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projectos do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.

O Evangelho apresentava, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projectos. 
As tentações de Jesus resumem a sua vida, assim como retratam as que temos de enfrentar ao longo dos dias. O que fazemos dos nossos medos, das insatisfações ligadas à nossa fragilidade, principalmente quando os desejos de omnipotência querem convencer-nos de que “tudo podemos se tudo tivermos”? A tentação do pão simboliza a tentação de tudo reduzir à satisfação dos apetites, a buscar a felicidade no consumo sem limites e no bem-estar egoísta. No fundo, a “pôr Deus ao meu serviço”, esquecendo que talvez seja Deus que verdadeiramente nos falta, o Único que nos enche plenamente porque nos ama plenamente!

 Talvez um dia o diabo venha a perceber isso também!

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